"Tudo bem, acho legal ,pode publicar, isso incentiva mais pessoas a praticar esse esporte maravilhoso que para mim só trouxe beneficios."
Luciana dá entrevista após uma vitória no circuito de Mongaguá -SPMinha 26ª corrida
Distância : 9,020km
Relato sobre a prova:
Depois de algumas boas semanas de treino e musculação , ambos seguidos à risca , segui confiante a Mogi das Cruzes para participar da primeira corrida do ano e com ótimas expectativas de atingir a primeira meta do ano que era a de quebrar meu recorde mundial pessoal nos 10km.
Dessa vez dei carona ao Seu Estêvão , também conhecido como Vô do Vento e que já tem uma boa experiência em corridas, apesar de não ser tão velho assim como o apelido possa sugerir.
Gosto de brincar com ele dizendo que um dos meus objetivos é conseguir ganhar dele em uma prova, porque desde que comecei a correr, chego cerca de cinco minutos atrás dele nas provas de 10km. Quando baixo meu tempo nos treinos e penso que vou superá-lo , ele também já baixou o tempo dele nos treinos.
Olha o Vô do vento ao centro sorrindo e o Benedito ao lado.
Bom, seguimos tranquilos e sem trânsito para Mogi pela Rod. Carvalho Pinto e Ayrton Senna. Chegando a Mogi o sol já havia se escondido atrás das nuvens , mas não havia expectativa para chuva. Devido a descrição precisa do caminho para chegar ao local da prova enviada pelo meu primo Evaldo ( morador de Mogi e corredor ) pela internet, chegamos fácil e com antecendência de uma hora e meia do horário da largada.
Ao estacionarmos o carro encontramos 3 companheiros de Pinda ( feras na corrida ) o Canela, seu irmão Benedito e o Felipe, que haviam acabado de chegar e então estacionei meu carro ao lado do deles e ficamos trocando figurinhas antes da prova.
Canela e FelipeO ginásio serviu como quartel general para tudo : entrega dos kits pré e pós prova, guarda volumes, sanitários, etc. Fui até lá peguei meu kit pré prova tranquilamente e aí veio uma parte engraçada. No kit havia o chip , o numeral, um sachê com carbo gel e algo que para mim parecia um canudinho para ingerir o carbo gel. Segui para o estacionamento e guardei o gel junto com o suposto canudinho dentro de minha mochila , já que eu não tinha a intenção de tomar o gel durante a prova devido a experiência não muito boa com ele durante a São Silvestre ( vide relato São Silvestre). Minutos depois o Seu Estêvão me pergunta se eu sabia para que servia aquilo que eu pensava ser um canudinho. Foi então que ele falou que era uma pulseira que ficava fluorescente para facilitar a nossa visualização por parte dos motoristas, pois a prova era à noite. Quando contei a ele o que pensei que fosse, foi só risada.
Ainda no estacionamento, antes da prova, encontrei com o Evaldo e sua família ( esposa , filha , filho e nora ) animados para o evento. O Evaldo estreiava empolgado sua nova camiseta da equipe WF da qual começou a fazer parte. Batemos um papo e tiramos a foto que esquecemos de tirar juntos na prova do Bar do Mané em novembro passado.
Eu e meu primo Evaldo
Com tempo de folga , aproveitei para fazer meu alongamento , um trotezinho de aquecimento e ainda acompanhei o alongamento coletivo momentos antes da largada. Mas antes que este alongamento coletivo terminasse me posicionei para a largada que já estava cheia de gente.
Na largada verifiquei que havia dois cronômetros no pórtico de largada/chegada.Um para os 5km com a indicação de 4.07km e outro para os 10km com a indicação de 9,02km, ou seja, o percurso não era de 10km como eu esperava para bater meu recorde pessoal. Senti uma ponta de frustração nisso , mas não me deixei abater. Já que eu estava ali e estava bem, tentaria fazer ainda assim o melhor que pudesse.
A largada foi pontual , e os primeiros pingos da chuva foram quase que simultâneos a largada e aumentaram gradualmente até atingirem uma boa força juntamente com alguns raios que assustaram até o km 2 mais ou menos. Antes porém, pouco antes do km 1, fui testemunha de um tombo cerca de 10m atrás de mim de uma moça que distraída não viu um daqueles tachões que ficam no meio da pista. Ao final tive a boa notícia pelo meu primo que corria pouco atrás de mim que essa menina havia se levantado e terminado bem a prova.
Logo após a largada visualizei meio que surpreso o Seu Estêvão a minha frente cerca de 15m. Pensei comigo : Vou tentar manter esta distância o máximo que eu conseguir. E assim foi até o km 2 quando percebi que meu ritmo estava melhor que o dele e então resolvi ultrapassá-lo, já achando que em breve tomaria o troco. Nem olhei atrás e tentei manter meu ritmo que estava na casa dos 5min/km. No km 3 a chuva já havia diminuido e o cuidado agora era com as poças de água que devido ao escuro da noite poderiam ser perigosas. Neste instante me lembrei algumas vezes do Bruno dono do Blog "Correndo na Chuva" ao qual recomendo uma visita.
O clima estava bom com a chuva bem fraca e o percurso na maior parte plano, ajudava muito. Segui firme, mas sempre acahando que a qualquer momento o Vô do Vento me ultrapassaria.
A primeira e única subida, que por sinal era bem curta, apareceu no km 6 , um viaduto em uma curva que demonstrava que já estávamos voltando para o ponto da largada e que seria agora o ponto de chegada.
O ritmo diminuiu um pouco do km 7 em diante e surgiram alguns trechos um pouco mais desertos onde só se ouvia a sinfonia dos sapos dos brejos ao redor.
Dispensei a água depois do km 7 e segui firme. Chegando a placa do km 8 já se ouvia o som de uma banda ( que estava no local da chegada ) tocando KiKo Zambianchi ( Se um dia eu pudesse ver.... Mas só chove , chove... ) que tinha tudo a ver com o momento da prova e o vocalista dizendo "Quem não corre canta". O Canela ( um dos feras de Pinda ) já havia terminado a prova, mas como sempre faz , retornou correndo para "buscar" os retardatários. Quando eu o vi acenei na esperança que ele falasse que faltava pouco, ou ainda "é só virar ali e já acaba", mas o que eu ouvi foi, "vou buscar o Vô do Vento". Pensei: Caramba, vou chegar na frente do Seu Estêvão mesmo.
Na avenida iluminada que já mostrava ser o final da prova, aumentei um pouco o ritmo e ao terminá-la observei o pórtico de chegada e puxei do fundo da alma , forças prá um sprint que particularmente prá mim foi espetacular. Gostaria até que alguém tivesse filmado aquilo. Ultrapassei um cara há cerca de 15m da chegada e outro a 2m. Ouvi ainda ao pisar no tapete, um staff dizer : " calma". Graças a Deus havia uma área grande para a dispersão, porque a dor foi grande e a falta de ar também, mas nada que uma boa caminhada não normalizasse as coisas.
Tempo líquido 49:24 a um passe de 5:28 , acredito que se a prova fosse com 10km exatos eu teria feito em 54: 39. Portanto vou considerar a minha primeira meta do ano atingida, ou seja , bater meu tempo nos 10km que era de 56:08.
Pegar o kit com a medalha foi um pouco difícil , primeiro porque a chuva fez com que o público que acompanhou se escondesse dela lá no ginásio e depois o kit que deveria estar pronto dentro da sacola, estava sendo montado na hora com uma sacola enorme com o logo do patrocinador, mas com apenas uma maçã, uma banana , um caqui ( Fazendo jus ao título de Mogi a terra do caqui) e a medalha que por sinal é muito bonita.
Por final a descoberta que o Vô do Vento havia "quebrado" inexplicavelmente pouco tempo após eu tê-lo ultrapassado e abandonado a prova. Depois brinquei com ele dizendo que só assim para eu conseguir vencê-lo.
No ginásio encontrei o tio Adriano, pai do Evaldo que foi lá prestigiar a família e pouco depois o Evaldo novamente , conversamos um pouco sobre a prova e me despedi.
Retornamos sem esperar para assistir a premiação e chegamos em Pinda as 22:30hs embaixo de chuva em todo o trajeto.
Avaliação: Notas de 0 a 10 .
Inscrição: R$33,00 : Poderia ser um pouco mais barata. Nota 7
Acesso : Tranquilo, fácil e estacionamento amplo, só acho que poderia ser melhor sinalizado: Nota 9.
Largada: Pontual , porém descobri o local correto da largada, momentos antes da mesma. Nota 9
Hidratação: Três pontos no percurso com staffs preocupados em atender a todos. Nota 10
Percurso: Plano,muito bom, mas sem ter a exatidão de 10km. Nota 8
Sinalização: Boa, com exceção do final onde havia um conflito com as placas da prova de 5km. Nota 9.
Segurança/Isolamento: Excelente, muitos agentes de trânsito colaborandoe pistas completamente isoladas para a prova. Nota 10.
Participação do Público: Muito fraca. Nota 2.
Chegada/ Dispersão : Muito boa . Nota 10.
Entrega dos kits pré prova: Tranquila. Nota 10.
Entrega dos kits pós prova: Atrapalhada: Nota 5.
Qualidade dos kits: Fraquinha. Apenas uma banana, uma maçã e um caqui. E olha que no meu ainda faltou a maçâ que nem fui reclamar para não ter a chance de me irritar. Nota 3.
Camiseta: Gostei. Bonita.Felizmente havia tamanho GG que era GG mesmo, pois quando não é , fica prá Chris ( minha esposa ) . Nota 10.
Medalha: Bonita, diferente ( vazada ) com data e distância ( como gosta de mencionar e de maneira correta o Fabio Namiuti). Nota 10.
Sanitários: Poucos sanitários do ginásio prá muita gente. Tive que usar o "matinho" perto do estacionamento , antes da prova. Nota 4
Guarda-volumes : Tranquilo , organizado e espaçoso. Nota 10.
Gostei: Trajeto sem trânsito,minha performance na prova, ter encontrado meu primo e meu tio.
Não gostei: Percurso da prova ter sido menor que o anunciado, o serviço de alto falantes do locutor da prova ruim.
Fiquei chateado com a "quebra" do Seu Estêvão.
Agradecimentos : JESUS CRISTO, a ADC Inpe de São José dos Campos e ao portal agoravale.com.br
